Textos de Apoio




A importância dos Contos Clássicos para as crianças

Este texto tem o intuito de discorrer, brevemente, sobre a importância dos contos clássicos no desenvolvimento infantil. Este tipo de literatura tem encontrado, muitas vezes, uma barreira dentro da própria escola, tendo seu conteúdo alterado, modificado, ou mesmo relegado a segundo plano pela crença, equivocada, de que seja psiquicamente prejudicial à criança. Uma dúvida que se coloca na escola é quanto ao temor de alguns pais ou responsáveis sentirem-se ameaçados pela historia que apresenta um dos genitores como mau, e se teme que a criança possa voltar-se contra o mesmo em casa. Como professora de educação infantil, tive a experiência de ouvir uma mãe me pedindo para não contar histórias em que houvessem madrastas porque isto poderia fazer com que a filha ficasse com raiva dela!
Nada mais equivocado, uma vez que lidando com a questão dos conflitos colocados no conto, a criança fica mais apta a lidar com os seus próprios, pela compreensão de que se ela tem, às vezes, um sentimento não muito amistoso em relação aos pais isto não faz dela um monstro.
 Segundo o psicólogo infantil Bruno Bettelheim, ao contrário do que muitos pensam o conto de fadas direciona a agressividade de modo mais saudável, porque permite a criança averiguar que os sentimentos de raiva, vingança, medo, existem para todos e não só para ela, que muitas vezes, se sente mal por percebê-los dentro de si. Segundo o autor os contos clássicos levam muito a serio os dilemas existenciais e se dirige diretamente a eles como a necessidade de ser amado, o medo de ser considerado sem valor, o amor pela vida e o medo da morte.
É bastante comum, pessoas que trabalham com a criança e não somente os pais, sentirem um certo  receio de contar essas historias alegando que sejam de conteúdo muito forte, e que podem causar traumas a ela .O que é preciso entender, é  que o conto clássico nada mais é do que a representação psicológica dos medos humanos mais comuns. E ao deixar de contar essas histórias à criança, perde-se a oportunidade de ajudá-la a enfrentar seus medos e angustias a que, por certo, todas estão sujeitas, uma vez que o mundo circundante não é feito só de beleza e amabilidades. Sendo a criança o ser inteligente que é, percebe isto muito bem e não há porque enganá-la.
Em praticamente todo o conto de fadas, o bem e o mal são corporificados sob a forma de algumas personagens e suas ações, uma vez que o bem o e o mal fazem parte da vida e todo ser humano se vê propenso para ambos. Essa dualidade traz à tona o problema moral que requer a luta para resolvê-lo. As personagens do conto de fadas não são ambivalentes, ou seja, ao mesmo tempo boas e más, como são os seres humanos em realidade: nesse caso elas são bem determinadas pelo bem ou mal e essa polarização é o que permite a criança compreender a diferença entre ambas, uma vez que quando ela se coloca do lado dos heróis, ou o bem, ela está na realidade escolhendo aquilo que desperta sua simpatia, não necessária mente pelas suas qualidades. Aqui o problema que é colocado é o de com quem ela quer se parecer e isto é decidido com base na sua projeção entusiástica, numa personagem. Quanto mais simples e direta é a personagem boa, tanto mais fácil para a criança identificar-se com ela e rejeitar a má. Como diz Bettelheim “justamente porque a vida é com frequência desconcertante para a criança, ela necessita mais ainda que lhe seja dada a oportunidade de entender a si própria nesse mundo complexo com o qual deve aprender a lidar”.
O conto que estou lendo às crianças chama-se “Os sete corvos” dos irmãos Grimm e nele a criança se depara com uma situação em que, para reverter uma injustiça, um personagem inocente carregando o peso da culpa alheia, tem que fazer um tipo de sacrifício, e o faz por amor, com heroísmo, sem julgamentos.
Eliane de Oliveira Martins Gonçalves
Gestora – Região 3

Bibliografia
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
PENTEADO, Maria Heloisa. Os sete corvos. São Paulo: Ática, 1992. (Contos de Grimm). 


Blog da escola: por que vale a pena ter um

Ferramenta do mundo virtual, o blog é um recurso simples de criar e eficaz para compartilhar as ações pedagógicas

Cinthia Rodrigues (novaescola@atleitor.com.br)
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Blog, posts, comentários, links... Para quem não é familiarizado com o assunto, esses termos podem soar estranhos. É verdade que eles se tornaram populares há menos de dez anos, mas basta fazer uma pesquisa rápida na internet - digite em sites de busca as palavras "blog" e "escola" - para constatar que a lista de resultados é enorme.

Essa ferramenta do mundo virtual pode ser muito útil para a equipe gestora divulgar o projeto político-pedagógico, ampliar a discussão de conteúdos trabalhados em sala de aula e valorizar, para a comunidade, a produção dos alunos. Além do mais, ela permite interagir com outras instituições(veja nas últimas páginas exemplos de blogs de escolas, com a descrição dos principais recursos usados para compor a página e como eles são utilizados).

Atividade de sala de aula recebe comentários na internet

"Reunir a equipe gestora e os professores para pensar em como aproveitar esse recurso, tanto no ensino das disciplinas como na divulgação dos projetos institucionais, pode ser o pontapé inicial para envolver todos com o universo online", diz Maria Izabel Leão, pesquisadora do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (USP) e assessora do programa Nas Ondas do Rádio, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

Na EM Maria Josefina Azteca, localizada em Embu, na região metropolitana de São Paulo, um projeto sobre valores e ética começou na sala de aula e ganhou popularidade quando foi publicado no blog da escola. Após lerem com a professora um texto sobre covardia, os alunos do 3º ano C destacaram os principais aspectos discutidos: "Não podemos abandonar os amigos", "Respeitar as mulheres", "Devemos ajudar um ao outro". Em seguida, postaram essas conclusões no blog, juntamente com um cartaz com figuras que, para a turma, representam a covardia. O post foi finalizado perguntando ao leitor qual sua opinião sobre o tema.

O assunto repercutiu bem: recebeu mais de 260 comentários de alunos e professores da escola, em apenas dois meses - redigidos no laboratório de informática ou enviados de casa. "O melhor é que, enquanto fazem o que gostam, as crianças aprendem um conteúdo novo e praticam a escrita", afirma Ana Paula Vasques Espangiari, coordenadora pedagógica da EM Maria Josefina Azteca.




ORAÇÃO DO PROFESSOR
                                                                             Gabriel Chalita

Senhor, tu me conheces.
Sabes onde nasci, sabes de onde venho, quem sou.
Conheces minha profissão: sou professor.
Desde criança, tinha em mim um imenso desejo de ensinar. Queria partilhar vida, sonhos. Queria brincar de reger. Reger bonecos. Plantas. Reger as águas do mar que desde cedo aprendi a namorar.
A todos ensinava, Senhor. Criava e recriava histórias para senti-las melhor, para reparti-las com quem quisesse ouvi. Eu era um professor.
Fui crescendo e percebi o quanto o sonho era real. Queria ensinar mesmo. Estudei. Concluí o curso universitário.
Hoje sou, de fato, um professor. Com diploma, certificado e emprego estável.
Hoje não são bonecos que me ouvem, são crianças. Dependem tanto de mim. Do meu jeito. Do meu toque. Do meu olhar.
São crianças ávidas de aprender. E de ensinar. Cada uma tem um nome. Uma história. Cada uma tem um ou mais medos. Traumas. Têm sonhos. Todas elas, crianças queridas, sonham. E eu. Eu, senhor, sou um gerenciador de sonhos. Sou um professor.
Respeito todas as profissões. Cada uma tem seu valor,sua formosura. Mas todas elas nascem da minha. Ninguém é médico, advogado, dentista, doutor, sem antes passar pelo carinho, pela atenção, pelo amor de um professor.
Obrigado, Senhor.
Escolhi a profissão certa. Escolhi a linda missão de partilhar.
Tenho meus problemas. Sofro, choro, desiludo-me. Nem sempre dá certo o que programei. Erro muito. Aprendo errando, também.
Mas de uma coisa estou certo: sou inteiro. Inteiro nas lágrimas e no sorriso. Inteiro no ensinar e no aprender. Se que meus alunos precisam de mim . E eu preciso deles. E por isso somos tão especiais. E nesta nobre missão de educar, nossa humanidade se enriquece ainda mais.
Sou professor. Com muito orgulho. Com muita humildade. Com muito amor. Sou professor!

Amém!


PARABÉNS PELO SEU TRABALHO!
FELIZ DIA DOS PROFESSORES!
UM FORTE ABRAÇO

KARIN
OUTUBRO/2011






QUEM É?
(Celso Antunes)
Quem é esse estranho personagem?
Homem ou mulher, velho ou moço, que em sua ação é ao mesmo tempo músico e regente?
Quem é essa estranha figura que em seu trabalho chora e ri, fala e escuta, conta e encanta?
Quem é esse ator que precisa entusiasmar o grupo e ao mesmo tempo atender o apelo individual?
Precisa manter a ordem sem perder a serenidade; falar a todos, ouvindo a cada um?
Quem é esse estranho personagem?
Quem possui a indômita magia para ajudar que todos desabrochem e se expressem, aprendam e se transformem, construam e sonhem?
Quem é esse estranho malabarista que necessita se equilibrar entre conteúdos e competências, limitando excessos, favorecendo autonomia, acordando inteligências, provocando pensamentos?
Quem é esse anjo que empresta o filho dos outros, o tempo que para os seus não tem e que cobrado pelos desafios da vida sempre dura, não consegue apagar a emoção que a rotina propicia?
Quem é esse estranho personagem?
Que necessita sempre resolver, saber, decidir, propor, desafiar sem oportunidade de perder o instante, sem o recurso de deixar para depois?
Quem possui essa aura para esgotado, renovar esforços; combalido encontrar energia? Quem pode, ao entrar em cada classe, refazer-se novo como se aquela fosse a única?
Quem é esse estranho personagem?
Que aprende a empatia que ensina, pratica a solidariedade que prega, administra a progressão do currículo que deseja, avalia com olhar abrangente, vibra com sucessos que não são seus.
Quem é esse distribuidor de sementes que não colhe para uso próprio os frutos que plantou?
Quem é esse estranho personagem?
Quem é esse teimoso otimista que confia no aluno, que acredita no amanhã, que espera sempre pelo sonho?
Quem é esse estranho personagem?

SE IGNORAR A RESPOSTA, BUSQUE NO ESPELHO PREZADO PROFESSOR...

PARABÉNS PELO SEU TRABALHO!
FELIZ DIA DOS PROFESSORES!
UM FORTE ABRAÇO

KARIN
OUTUBRO/2011